10/Oct/2025
O mercado de milho segue estável no Brasil. O avanço das exportações reflete a safra recorde colhida neste ano, mas ainda é insuficiente para reduzir o excedente interno. O mercado doméstico continua bem abastecido e não dá sinais de que vai sair dessa lateralidade apresentada há várias semanas. Os preços tendem a seguir estáveis no curto prazo, com o dólar e o ritmo de embarques definindo o nível de suporte até o fim do mês. O foco deve se deslocar gradualmente para o período de entressafra, a partir do primeiro semestre de 2026, quando o mercado pode voltar a registrar maior volatilidade. Apesar da entrada da safra de verão (1ª safra 2025/2026), é a 2ª safra de 2026 que vai determinar o equilíbrio da oferta. Esse pode ser um momento de mais oscilação no balanço doméstico. O cenário atual é de conforto na oferta e de preços em patamar mais estável do que no mesmo período do ano passado, sem gatilhos claros para uma recuperação expressiva no curto prazo.
No Paraná, na região de Maringá, após a implementação do novo sistema de fiscalização online da tabela de frete da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em 6 de outubro, o preço dos fretes aumentou, em média, R$ 2,50 por saca de 60 Kg. Isso afetou as vendas de milho. Tradings indicam R$ 66,50 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em outubro e pagamento em 5 de novembro. Nessas condições, o vendedor indica entre R$ 67,00 e 70,00 por saca de 60 Kg. Fábricas de ração indicam R$ 74,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em dezembro e pagamento em 6 de janeiro de 2026. Para o mercado interno, as vendas são fracas, já que as indústrias estão bem abastecidas para os próximos dois meses. Em Mato Grosso, na região de Sinop, há registro de negócios entre R$ 51,00 e R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque neste mês e pagamento em novembro ou dezembro.