16/Dec/2025
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área cultivada com milho em Mato Grosso deve alcançar 7,39 milhões de hectares na safra 2025/2026, um recorde e alta de 1,83% em relação à temporada anterior. A projeção é que aponta a maior demanda interna do cereal como principal vetor de expansão, apesar do ambiente de custos de produção mais elevados exigir maior cautela dos produtores no planejamento do ciclo. Mesmo com o aumento da área, a produção estadual foi estimada em 51,72 milhões de toneladas, queda de 8,38% ante a safra passada. A redução decorre da produtividade projetada em 116,61 sacas de 60 Kg por hectare, recuo de 6,70% em relação ao ciclo 2024/2025. O ajuste reflete a normalização dos rendimentos após o resultado excepcional registrado na última temporada.
A expansão no campo de cultivo é impulsionada pela maior demanda interna do cereal, que sustenta a valorização dos preços e incentiva o produtor a ampliar sua área agrícola. A comercialização da safra 2025/2026 avançou para 25,23% até novembro, crescimento de 5,69% frente a igual período do ciclo anterior, acompanhando a alta dos preços para a próxima temporada. Em 2025, o valor médio do milho subiu 28,10%, para R$ 51,60 por saca de 60 Kg, reforçando a atratividade do cereal no momento de decisão de plantio. Na safra 2024/2025, Mato Grosso consolidou área de 7,26 milhões de hectares, alta de 6,29% em relação à temporada 2023/2024. O avanço foi sustentado pela valorização do milho ao longo do ano, em um contexto de demanda interna aquecida, especialmente para a produção de etanol e ração, o que elevou a competitividade do cereal frente a alternativas como gergelim e sorgo.
A produtividade do ciclo passado atingiu 127,27 sacas de 60 Kg por hectare, crescimento de 10,14% em comparação à safra anterior e o maior rendimento já registrado pelo Imea. Com isso, a produção alcançou o recorde de 55,43 milhões de toneladas, alta de 17,06% ante o ciclo 2023/2024. Em relação à comercialização da safra 2024/2025, até novembro cerca de 83,37% da produção havia sido negociada, 6,38% inferior ao observado em igual período do ciclo anterior. O ritmo mais lento reflete a maior oferta no Estado e a menor competitividade do milho brasileiro no mercado internacional, o que tem limitado a demanda externa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.