15/Mar/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam praticamente estáveis na sexta-feira (12/03). O mercado foi influenciado pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras, e pela perspectiva de uma safra recorde no Brasil, apesar dos atrasos na colheita. Esses fatores, porém, foram contrabalançados por uma menor estimativa para a safra da Argentina. Ainda há preocupações com a safra sul-americana, mas o mercado, por enquanto, parece satisfeito em se consolidar e ver o que acontece conforme a colheita avança.
O vencimento maio da oleaginosa cedeu 0,25 cent (0,02%) e fechou a US$ 14,13 por bushel. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção de soja no Brasil em 2020/2021, para 135,13 milhões de toneladas. Em fevereiro, a previsão era de 133,8 milhões de toneladas. A nova projeção representa aumento de 8,2% ante o volume colhido em 2019/2020, de 124,84 milhões de toneladas.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu em 2 milhões de toneladas sua estimativa para a produção da Argentina, para 44 milhões de toneladas. O saldo negativo das precipitações em fevereiro, junto com as altas temperaturas durante o período de enchimento de grãos nas lavouras implantadas mais cedo, causou perdas irreversíveis no rendimento esperado nas principais zonas de cultivo. Porém, a oferta argentina não deve ficar tão apertada. A oferta total da oleaginosa será maior do que as últimas estimativas, porque sobram 8,5 milhões de toneladas do ciclo 2019/2020.