20/Out/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva nesta terça-feira (19/10). Traders continuaram recomprando contratos após dados terem mostrado que a posição líquida comprada de fundos de investimento atingiu o menor nível desde junho do ano passado. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) publicado na sexta-feira (15/10), o saldo comprado desses agentes diminuiu 48,65% na semana até 12 de outubro, de 47.145 para 24.208 lotes.
O vencimento novembro da oleaginosa subiu 6,50 cents (0,53%), e fechou a US$ 12,28 por bushel. A melhora das margens no processamento de soja também deu suporte aos preços do grão. As esmagadoras estão aumentando suas propostas no mercado físico para aproveitar essa melhora. A margem de esmagamento está em cerca de US$ 2,00 por bushel. Isso se deve principalmente aos preços do óleo de soja, que são impulsionados pela forte demanda do setor de biodiesel. Segundo a Reuters, a agenda climática do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve desencadear um boom no uso de óleo de soja para combustíveis renováveis.
Além disso, várias companhias aéreas dos Estados Unidos vêm se comprometendo a aumentar o uso de combustíveis renováveis, o que deve impulsionar a demanda doméstica por soja. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que produtores tinham colhido 60% da safra até o dia 17 de outubro. Embora os trabalhos estejam atrasados em relação à época correspondente do ano passado (73%), estão à frente da média dos cinco anos anteriores (55%). A ausência de novas vendas avulsas de soja para o exterior impediu uma alta mais acentuada dos preços. Porém, a demanda pelo grão norte-americano provavelmente ainda é forte.