11/Nov/2021

Os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (10/11), ainda sustentados pela perspectiva de menor produção da oleaginosa nos Estados Unidos na safra 2021/2022, apontada pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) em seu relatório mensal de oferta e demanda. Após quatro sessões de perdas, investidores recompraram posições. O vencimento janeiro, o mais líquido, subiu 0,39% e fechou a US$ 12,16 por bushel. O USDA reduziu sua estimativa de safra da oleaginosa no país em 2021/2022 para 120,43 milhões de toneladas, ante 121,06 milhões de toneladas em outubro.

Para os estoques finais dos Estados Unidos em 2021/2022, a estimativa foi elevada 8,71 milhões de toneladas para 9,25 milhões de toneladas. Além disso, foi cortada a projeção de exportação, de 56,88 milhões de toneladas para 55,79 milhões de toneladas. Passado o relatório mensal de novembro, traders devem voltar seu foco a dados e sinalizações de demanda pelos grãos norte-americanos. Há rumores de que a chinesa Sinograin assinou contrato de compra de 8,4 milhões de toneladas de soja com ADM e Bunge. A Cofco também teria concordado em comprar US$ 10 bilhões em produtos agrícolas. Os negócios teriam sido fechados na China International Import Expo, em Xangai, na semana passada.

No entanto, exportadores relataram vendas de apenas 22 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para a safra 2021/2022. Previsões climáticas favoráveis à safra argentina limitaram os ganhos. Há perspectiva de chuvas generalizadas em regiões produtoras do país, que podem beneficiar as lavouras de milho e soja. Áreas agrícolas, especialmente as mais secas do oeste do país, vêm recebendo chuvas isoladas que têm garantido alguma umidade ao solo. Nos Estados Unidos, chuvas na segunda metade da semana podem atrasar brevemente a colheita. O leste dos Estados Unidos terá um pouco de chuva entre quinta-feira (11/11) a sexta-feira (12/11), além dos estados do Delta e sudeste. As precipitações devem diminuir antes do fim de semana.