07/Nov/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quarta-feira (06/11). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu 3%. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, foi outro fator de suporte para as cotações. O vencimento janeiro da oleaginosa ganhou 2,00 cents (0,20%), e fechou a US$ 10,03 por bushel. A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos levantou preocupações sobre a possibilidade de uma nova guerra comercial entre Estados Unidos e China, o que impediu uma alta mais acentuada dos preços. O foco do mercado está nas exportações de soja, já que a China é o maior comprador do grão norte-americano.
Mesmo sem uma guerra comercial, o mercado de soja já tinha uma perspectiva bastante baixista devido à oferta abundante. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica nesta sexta-feira (08/11) seu relatório mensal de oferta e demanda, e analistas esperam que a agência reduza sua estimativa de produção no país. Segundo os analistas, a produtividade deverá ser reduzida de 3,57 para 3,55 toneladas por hectare, e a produção, de 124,71 milhões de toneladas para 123,92 milhões de toneladas. A nova previsão, no entanto, ainda representaria um recorde. A projeção para estoques de soja nos Estados Unidos ao fim de 2024/2025 deverá ser reduzida de 14,97 milhões para 14,56 milhões de toneladas.