19/Nov/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (18/11). Os ganhos foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 11,25 cents (1,13%), e fechou a US$ 10,09 por bushel. Sinais de demanda pelo grão norte-americano também deram algum suporte aos preços. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram venda de 261,2 mil toneladas de soja para o México, com entrega no ano comercial 2024/2025.

Além disso, foram relatadas vendas de 30 mil toneladas de óleo de soja para a Índia e 135 mil toneladas de farelo de soja para as Filipinas, também com entrega em 2024/2025. A alta foi limitada pelo avanço da semeadura na América do Sul. No Brasil, o plantio de soja atingiu, no dia 14 de novembro, 80% da área estimada, em comparação com 67% uma semana antes e 68% em igual período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural. As lavouras se desenvolvem bem em todo o País, mas a redução das chuvas na Região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul deixa os produtores com o alerta ligado, ainda que seja cedo para se falar em perdas.

Na Argentina, produtores tinham semeado até a última semana 20,1% da área projetada, de 18,6 milhões de hectares, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. O progresso na semana foi de 12,2%. Na comparação com igual período do ciclo anterior, os trabalhos estão 2,4% adiantados. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 2,17 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 14 de novembro, queda de 8,38% ante a semana anterior.