17/Jan/2025
Segundo a Agroconsult, durante o lançamento do Rally da Safra nesta quinta-feira (16/01), as exportações brasileiras de soja devem atingir 105,1 milhões de toneladas em 2025, um aumento de 7% sobre os 98,2 milhões de toneladas projetados para 2024. O volume recorde ocorre mesmo em um cenário de sobreoferta global e redução nas importações do principal comprador, a China. No final do ano, a expectativa para o estoque de passagem de mais de 10 milhões de toneladas, o maior estoque de passagem, folgadamente, nos últimos anos. Então, em tese, poderia ser mais que os 105 milhões, não só porque tem a disponibilidade, mas porque tem uma alta competitividade na soja brasileira.
A China deve reduzir suas compras globais de soja na temporada 2024/2025 (outubro a setembro) para 108,7 milhões de toneladas, contra 112 milhões em 2023/2024. Essa queda nas importações do principal destino da soja brasileira, porém, será compensada por outros mercados. Basicamente para a Ásia, mas para outros mercados. Todo o Sudeste Asiático tem crescido de forma bastante robusta todos os anos. O Brasil também exporta para a Europa, para alguns países do Oriente Médio e para alguns países da África. Os preços da soja devem seguir pressionados em 2025 devido à sobreoferta global, mas mudanças no mercado de óleo podem trazer perspectivas melhores para 2026, especialmente nos Estados Unidos.
Provavelmente não vai voltar a acontecer esse incentivo para óleo de reuso no mercado de biocombustíveis nos Estados Unidos. Isso cria uma centralização de maior demanda pelo óleo local. Não tem nenhuma mudança muito significativa para 2025, mas para 2026 talvez o ‘fundo do poço’ não seja mais tão raso como o imaginado por essas mudanças que estão ocorrendo estruturalmente no mercado de óleo. Para o curto prazo, contudo, o cenário permanece desafiador. Não há fundamentos para acreditar que os preços possam se recuperar, visto que tem hoje estabelecido uma sobreoferta de soja no mercado internacional. Não tem muito horizonte de recuperação de preços expressivo ao longo dos próximos meses, tem que torcer para não cair mais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.