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21/Feb/2025

Argentina: índice de confiança do produtor rural cai

De acordo com o Ag Barometer Austral, do Centro de Agronegócios e Alimentos da Universidade Austral, o índice de confiança dos produtores rurais argentinos caiu 21,5% em janeiro, em comparação com o levantamento anterior de novembro. O recuo do índice, que passou de 149 para 117, representa a maior queda desde julho de 2019, quando teve baixa de 46%. Apesar do recuo, o indicador permanece em terreno positivo, acima do valor de 100, o que indica que o otimismo dos produtores prevalece. A redução na confiança em 2019 era atribuída à vitória do então presidente Alberto Fernández nas eleições primárias, diferente do cenário atual, em que o campo reage a fatores climáticos e de mercado.

Sobre o clima, o estudo indicou que a falta de chuvas e as temperaturas elevadas tiveram efeitos negativos na condição das lavouras e nas estimativas de rendimento e produção. Além disso, a queda na rentabilidade da produção, como resultado do recuo das receitas com menores rendimentos e preços mais baixos, além do aumento de custos, pesou sobre os subíndices da pesquisa. A medição de condições presentes caiu 33% de novembro para janeiro (de 120 para 81), enquanto a de expectativas futuras teve baixa de 17% (de 169 para 140). As perspectivas de situação financeira atual e futura também cederam, com a primeira passando do valor de 129 para 98 e a segunda de 139 para 92.

É necessário observar que a queda na rentabilidade da produção das principais commodities (em particular a soja) ocorre nos principais países produtores, como Brasil e Estados Unidos. Contudo, os dois países não estão sujeitos ao imposto de exportação, as retenciones. Ainda segundo o Ag Barometer, até 27 de janeiro, apenas 19% dos produtores acreditavam que a tarifa de exportação seria reduzida antes da colheita, sendo surpreendidos positivamente pela decisão do governo de uma redução parcial e temporária. Após a medida, 45% dos produtores planejavam acelerar as vendas/fixação de preços da soja, sendo que 68% farão isso com a soja que ainda tem da safra 2023/2024 e 32% anteciparão a venda/fixação de preços de 2024/2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.