19/Mar/2025
No mercado interno de soja, os preços registraram leve queda entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg. O dólar emplacou a sexta sessão consecutiva de queda no Brasil, encerrando esta terça-feira (18/03) no menor valor desde outubro do ano passado, em meio ao fluxo de entrada de recursos no País e à perda de força da moeda norte-americana no exterior. Em mais uma sessão de forma geral positiva para os ativos brasileiros, o dólar fechou em baixa de 0,19%, a R$ 5,67, a menor cotação desde 24 de outubro, quando encerrou em R$ 5,66.
Nas últimas seis sessões, o dólar acumulou baixa de 3,06%. No ano, o dólar acumula queda de 8,15%. Após abrir a sessão em alta, o dólar foi perdendo força gradativamente ante o Real, com profissionais citando um movimento de entrada de recursos País. Como em sessões anteriores, o fortalecimento do Real ante o dólar esteve em sintonia com a alta do Ibovespa e a queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros).
A nova queda do dólar ante o Real ocorreu a despeito de um fator que, no fim de 2024, foi motivo para forte alta das cotações: a intenção do governo de isentar de Imposto de Renda pessoas que ganham até R$5 mil por mês. Se em dezembro a proposta foi vista como mais um fator de risco para o equilíbrio fiscal, a apresentação oficial do projeto ao Congresso nesta terça-feira (18/03) não trouxe pressão para os negócios.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (18/03). O mercado foi influenciado em parte pelo rápido avanço da colheita no Brasil e pela entrada da soja brasileira no mercado de exportação. O vencimento maio da oleaginosa perdeu 2,75 cents (0,27%), e fechou a US$ 10,12 por bushel. A guerra tarifária entre os Estados Unidos e alguns de seus principais parceiros comerciais também segue no radar. O governo de Donald Trump está considerando a cobrança de taxas portuárias de US$ 1 milhão a navios operados por chineses e de US$ 1,5 milhão a navios construídos na China. Isso geraria custos adicionais para toda a cadeia e reduziria a competitividade das exportações norte-americanas.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam entre R$ 116,00 e R$ 117,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em abril e pagamento em maio. Para soja da safra 2025/2026, os compradores indicam entre R$ 121,00 e R$ 122,00 por saca de 60 Kg. Em São Paulo, na região de Campinas, a indicação de compra é de R$ 134,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos, para entrega em abril e pagamento entre o fim do mês e o início de maio. Para a safra 2025/2026, os compradores indicam R$ 134,50 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos, para pagamento para março de 2026.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.