01/Apr/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (31/03), revertendo ganhos iniciais. O mercado foi influenciado em parte por dados de estoque nos Estados Unidos que vieram acima da expectativa do mercado. Em relatório trimestral, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as reservas de soja em 1º de março deste ano somavam 51,98 milhões de toneladas, enquanto analistas esperavam 51,58 milhões de toneladas. O vencimento maio da oleaginosa recuou 8,25 cents (0,81%), e fechou a US$ 10,14 por bushel.
O USDA publicou também seu relatório de intenção de plantio, o primeiro do ano baseado em pesquisas junto a produtores. A área se soja foi projetada em 33,79 milhões de hectares, redução ante a temporada anterior, quando foram semeados 35,23 milhões de hectares. Os analistas esperavam um número um pouco maior, de 33,90 milhões de hectares, mas isso teve pouca influência sobre os preços. O avanço da colheita no Brasil também pesou sobre as cotações. A área cultivada com soja estava 82% colhida até o dia 27 de março, em comparação com 77% uma semana antes e 74% em igual período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural.
O índice continua como o mais alto para esta época do ano desde a safra 2010/2011, quando teve início a série histórica da AgRural. As incertezas tarifárias também seguem no radar, o que tem deixado traders mais pessimistas. Na semana encerrada em 25 de março, fundos elevaram significativamente suas apostas na queda dos preços de soja na Bolsa de Chicago, mostrou levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (USDA). A posição líquida vendida desses agentes aumentou 88% no período, de 17.984 para 33.821 lotes.