15/May/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quarta-feira (14/05), com o foco de traders mais voltado ao mercado climático. A previsão para os próximos dias é de chuvas volumosas em algumas áreas do Meio Oeste dos Estados Unidos. Precipitações no oeste da região vão melhorar a umidade do solo, mas desacelerar o ritmo de plantio. O vencimento julho da oleaginosa ganhou 5,25 cents (0,49%), e fechou a US$ 10,77 por bushel.

A expectativa de aumento da demanda doméstica nos Estados Unidos também impulsionou as cotações. Um projeto de orçamento no país propõe estender até 2031 o crédito fiscal 45Z, também conhecido como Crédito à Produção de Combustível Limpo. Atualmente, o benefício está previsto para expirar em 2027. Se o projeto de lei for aprovado como proposto, a demanda por óleo de soja para biocombustível aumentará consideravelmente, já que o incentivo para uso de óleo de cozinha e sebo importados cairá a zero.

O óleo de soja fechou em alta de mais de 1%. O acordo entre Estados Unidos e China para suspender a maior parte das tarifas por 90 dias continuou dando algum suporte aos preços, mas traders estão mais cautelosos. É um acordo com validade de 90 dias e que termina antes da entrada da nova safra norte-americana. Isso reduz a tensão no curto prazo, mas mantém dúvidas relevantes sobre o fluxo de exportações dos Estados Unidos ao seu principal comprador.

Os ganhos foram limitados pela ampla oferta brasileira no mercado de exportação. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisou para cima suas estimativas de exportação de soja em grão para maio. O Brasil deverá embarcar entre 13,50 milhões e 15,03 milhões de toneladas de soja neste mês, com média de 14,268 milhões de toneladas. Na semana passada, a previsão média era de embarques externos de 12,6 milhões de toneladas. Em abril, o País exportou 13,476 milhões de toneladas.