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04/Jun/2025

Menor oferta de soja dos EUA pode favorecer Brasil

Segundo a Céleres, o produtor brasileiro de soja pode ser favorecido na safra 2025/2026 pela esperada redução no potencial de exportação dos Estados Unidos, o que deve provocar aumento da demanda pelo produto brasileiro. Apesar da expectativa positiva em relação ao comércio exterior, o cenário global de estoques elevados ainda impõe limites para a recuperação de preços internos. No entanto, os elevados estoques globais limitam a expectativa de preços internos. O recuo na área de soja nos Estados Unidos e o avanço do plantio em ritmo acelerado são fatores centrais para o comportamento do mercado futuro da Bolsa de Chicago nas próximas semanas. A área destinada à soja na safra 2025/2026 deve cair 3,9% em relação ao ciclo anterior nos Estados Unidos.

A razão de preços entre soja e milho na Bolsa de Chicago permanece abaixo de 2,30, o que favoreceu a migração de parte da área norte-americana para o cereal. A relação estoque/consumo global de soja permanece em níveis recordes, o que contribui para manter as cotações pressionadas, mesmo com uma demanda externa mais firme pelo produto brasileiro. A produção de soja nos Estados Unidos pode variar entre 108 milhões e 129 milhões de toneladas, a depender do cenário. A demanda total projetada varia de 110 milhões a 127 milhões de toneladas. Nesse contexto, os estoques finais devem ficar entre 8 milhões e 13 milhões de toneladas, com uma relação estoque/consumo entre 7% e 10%. No curto prazo, a dinâmica de preços continuará sendo ditada pelo andamento do plantio e pelas condições climáticas no cinturão agrícola norte-americano.

Enquanto a safra nos Estados Unidos se desenrola, o mercado climático e a geopolítica devem ser os principais drivers de curto prazo para as oscilações na Bolsa de Chicago e para possíveis oportunidades de comercialização no Brasil. No caso do milho, que deve ter aumento de 5,4% na área plantada nos Estados Unidos, a expectativa é de menor pressão sobre os preços ao longo do ano, mesmo diante de uma produção possivelmente recorde no Brasil. A relação estoque/consumo global do cereal deve continuar em níveis historicamente baixos, o que pode sustentar as cotações no médio prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.