09/Jun/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (06/06). Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 1,5%. O derivado, por sua vez, acompanhou o fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento julho da oleaginosa ganhou 5,50 cents (0,52%), e fechou a US$ 10,57 por bushel. Na semana passada, acumulou valorização de 1,49%. A conversa por telefone entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping, também deu algum suporte às cotações.
A expectativa de um acordo entre Estados Unidos e China afeta principalmente a soja, já que o país asiático é o principal comprador do grão norte-americano. No entanto, um período mais prolongado de valorização dos futuros de soja é visto como duvidoso. A soja não tem chance de subir de forma significativa a menos que as relações entre Estados Unidos e China comecem a melhorar. Traders estão cansados de tarifas e notícias, e não vão assumir posições agressivamente, nem compradas nem vendidas, até entenderem completamente o que está acontecendo. A ampla oferta brasileira da oleaginosa limitou os ganhos.
De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 12,55 milhões de toneladas de soja em junho. O avanço da colheita na Argentina também impediu uma alta mais acentuada dos preços. Os trabalhos alcançaram na última semana 88,7% da área apta, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Na semana, o avanço foi de 7,9%. O rendimento médio nacional está em 3.040 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 50 milhões de toneladas. Analistas esperavam um corte na projeção de safra devido a alagamentos em algumas regiões de cultivo.