13/Jun/2025

Segundo a StoneX, a demanda por biodiesel no Brasil deve alcançar 9,6 bilhões de litros em 2025, mantendo a projeção da consultoria e representando uma alta de 5,9% em relação a 2024. Os dados indicam também crescimento nas exportações e maior utilização de óleo de soja como insumo. No primeiro trimestre de 2025, o mercado apresentou desempenho positivo, com vendas que totalizaram 2,97 bilhões de litros, avanço de 7% ante igual período do ano anterior. O destaque foi o mês de março, quando as vendas somaram 773 milhões de litros, alta de 6,9% em comparação com março de 2024, primeiro mês com B14 vigente no ano passado. Em abril, houve leve recuo, com 768 milhões de litros comercializados, queda de 3,9% na base anual.

O desempenho acumulado anual do biodiesel segue mais forte que o do diesel B, já que nos dois primeiros meses de 2024 a mistura obrigatória ainda era B12. A oferta abundante de soja também tem reforçado a participação do óleo da oleaginosa na produção do biocombustível. Entre janeiro e abril, o uso de óleo de soja no biodiesel somou 2,34 milhões de toneladas, 7,5% acima do registrado no mesmo intervalo de 2024. Esse consumo deve seguir aquecido nos próximos meses, em função da safra recorde e das expectativas elevadas para o esmagamento. O consumo total do óleo para biodiesel em 2025 é estimado em 7,8 milhões de toneladas, crescimento de 7,9% frente ao ano anterior, revisão feita após a ANP reduzir a estimativa de uso em 2024 de 7,7 milhões de toneladas para 7,2 milhões de toneladas.

Apesar da demanda doméstica aquecida, o Brasil também ampliou suas exportações. Até maio, os embarques de óleo de soja totalizaram 658,7 mil toneladas, alta de 29,5% na comparação com as 508,7 mil toneladas do mesmo período de 2024. Esse movimento reflete um ritmo mais forte de esmagamento no país, que cresceu 3,2% nos quatro primeiros meses do ano. A produção de óleo subiu 3,7% no mesmo intervalo, totalizando 3,67 milhões de toneladas. A produção mais robusta também na Argentina tem ajudado a evitar pressões maiores sobre os preços internacionais do óleo. Para o segundo semestre, porém, a expectativa é de que o balanço entre oferta e demanda fique mais apertado, o que pode sustentar os preços tanto da matéria-prima quanto do biodiesel. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.