13/Jun/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (12/06), após o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A agência estimou a safra doméstica de soja em 2025/2026 em 118,12 milhões de toneladas, sem variação ante o mês anterior. O vencimento julho da oleaginosa recuou 8,25 cents (0,79%), e fechou a US$ 10,42 por bushel. O USDA elevou os estoques globais de soja ao fim de 2025/2026 de 124,33 milhões de toneladas para 125,3 milhões de toneladas.
A expectativa de uma safra recorde no Brasil também pesou sobre os contratos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de 169,9 milhões de toneladas em 2024/2025. O número representa aumento de 21,9 milhões de toneladas ante o ciclo 2023/2024. O desempenho do óleo de soja também ajudou a pressionar as cotações. O derivado recuou com especulações de que o volume obrigatório de mistura de biodiesel nos Estados Unidos ficará abaixo do esperado. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do bicombustível.
Os negócios foram influenciados ainda por dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos. Segundo o USDA, exportadores venderam 61,4 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 5 de junho. O volume, o menor do ano comercial, representa queda de 68% ante a semana anterior e de 74% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 58,1 mil toneladas. A China, novamente, não apareceu entre os principais compradores. As vendas totais foram de 119,5 mil toneladas, e ficaram mais próximas do piso das estimativas de analistas.