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17/Jun/2025

Preços da soja em baixa pressionados pelo dólar

No mercado interno de soja, os preços fecharam em baixa entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por saca de 60 Kg nesta segunda-feira (16/06). O dólar fechou esta segunda-feira (16/06) em queda firme ante o Real e abaixo dos R$ 5,50, renovando a menor cotação de 2025, em sintonia com o recuo quase generalizado da divisa norte-americana no exterior, enquanto investidores reagiam aos desdobramentos do conflito entre Israel e Irã e aguardavam as decisões de bancos centrais nesta semana. O dólar fechou em baixa de 0,98%, a R$ 5,48, o menor valor de fechamento desde 7 de outubro do ano passado, quando encerrou em R$ 5,48 e a primeira vez que o dólar termina a sessão abaixo de R$ 5,50 este ano. A sessão começou com dados positivos das vendas do varejo da China, enquanto a produção industrial chinesa avançou em maio ante o mesmo mês do ano anterior. Os números deram força a diversas moedas de países exportadores de commodities. O movimento foi favorecido ainda pelo alívio nos preços do petróleo. O recuo da moeda norte-americana frente a pares globais, impulsionado por dados mais fracos da indústria nos Estados Unidos e indicadores positivos da China, somado à queda do petróleo com sinais positivos vindo no Oriente Médio, criou um ambiente propício ao aumento do apetite por risco.

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam alta nesta segunda-feira (16/06). Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 8%. O derivado, por sua vez, segue impulsionado pela proposta da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) para os volumes de mistura de biodiesel no país em 2026 e 2027, que veio acima do esperado. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 5,75 cents (0,55%), e fechou a US$ 10,60 por bushel. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços. A alta foi limitada pelo clima favorável no Meio Oeste dos Estados Unidos. Com o plantio praticamente concluído no país, traders devem se concentrar na condição das plantações. A ampla oferta do Brasil no mercado de exportação também pesou sobre os contratos. A fraca demanda externa pelo grão norte-americano também impediu uma alta mais expressiva das cotações.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Chapadão do Sul, os compradores indicam entre R$ 110,00 e R$ 112,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em até sete dias. Para safra 2025/2026, os compradores indicam entre 108,00 e R$ 110,00 por saca de 60 Kg FOB, para fevereiro e março do ano que vem com pagamento 30 dias após embarque. No Paraná, na região de Ponta Grossa, os compradores indicam entre R$ 135,00 e R$ 136,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em agosto. No spot, os compradores indicam entre R$ 130,00 e R$ 132,00 por saca de 60 Kg FOB Ponta Grossa, para pagamento para o fim de junho. No Porto de Paranaguá, os compradores indicam R$ 138,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em julho e pagamento 20 dias após a entrega. Para a safra 2025/2026, os compradores indicam R$ 137,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em fevereiro e pagamento em abril e R$ 135,00 por saca de 60 Kg, para entrega em março e pagamento em abril.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.