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09/Jul/2025

Preços devem se manter estáveis com boa demanda

O Citi abandonou a expectativa de queda nos preços da soja e passou a projetar estabilidade nas cotações, sustentadas por exportações brasileiras firmes, avanço do plantio nos Estados Unidos e suporte adicional vindo das políticas de biocombustíveis. A previsão agora é de estabilidade nos preços, com leve viés de alta, após volumes de exportação surpreendentemente fortes em junho. No mês passado, os embarques de soja do Brasil variaram entre 14 milhões e 15 milhões de toneladas, favorecidos pelos prêmios elevados nos portos e pela demanda robusta da China. As vendas da safra 2024/2025 atingiram 68,1% até junho, e a comercialização antecipada da 2025/2026 já chega a 10,9%. No Porto de Paranaguá (PR), os prêmios médios subiram para US$ 0,91 por bushel em junho, mais que o dobro de maio.

A China manteve o ritmo de importações elevado, com 12 milhões de toneladas em junho e 13,9 milhões em maio. O nível atual dos estoques de soja na China, ao redor de 44 milhões de toneladas, é consistente com o padrão recente e reflete um processamento ainda forte. O consumo de farelo deve se manter firme no terceiro trimestre, com suporte da demanda por ração animal. A partir de agosto, a elevação do mandato de biodiesel de 14% para 15% (B15) tende a sustentar a demanda por óleo de soja no mercado doméstico. O aumento do B14 para B15 deve apoiar a demanda de óleo de soja no Brasil a partir de agosto, beneficiando a margem de esmagamento, embora com possível pressão sobre a disponibilidade de óleo no mercado doméstico. O cenário de custos preocupa. A valorização dos fertilizantes em junho, puxada por questões geopolíticas e pela alta do dólar, aumentou a relação de troca em todas as culturas.

Os preços dos fertilizantes voltaram a subir em junho após o agravamento do conflito entre Irã e Israel, com destaque para o aumento de 11% no índice CFR da ureia. Isso pode comprometer parte das decisões de plantio da próxima safra. Na Bolsa de Chicago, o Citi revisou para cima suas estimativas de preços para soja e milho, com base no avanço do plantio norte-americano e em fundamentos comerciais considerados positivos. Mesmo com a possibilidade de um acordo temporário entre Estados Unidos e China, que poderia redirecionar parte da demanda para os produtores norte-americanos, o Brasil manterá papel central no abastecimento global, com prêmios firmes e competitividade cambial. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.