25/Aug/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta na sexta-feira (22/08). O mercado foi influenciado pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. Rumores de possíveis compras chinesas de soja dos Estados Unidos também deram suporte aos preços do grão. Até agora, a China ainda não comprou soja norte-americana da safra 2025/2026, pelo menos de forma explícita. Isso é algo bastante incomum para esta época do ano. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 2,50 cents (0,24%), e fechou a US$ 10,58 por bushel. Na semana passada, acumulou alta de 1,53%.
O tempo seco em boa parte do Meio Oeste dos Estados Unidos nos últimos dias foi outro fator altista para as cotações. O clima em agosto é particularmente importante para a definição do rendimento da oleaginosa. De acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos, 9% da área coberta com soja no país apresentava algum nível de estiagem na última semana, ante 3% na semana anterior. O desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2,5%, ajudou a impulsionar os contratos do grão. O derivado, porém, ficou bastante volátil nesta sexta, tendo recuado até 3,79% e subido até 3,92%.
Os ganhos foram limitados por dados de campo da expedição de safra Pro Farmer Crop Tour, que passou por Minnesota e parte de Iowa na semana passada. Em Minnesota, a contagem média de vagens de soja teve alta de 20,38% ante o ano passado, ficando em 1.247,86 por jarda quadrada (1 jarda quadrada = 0,836 metro quadrado). Na comparação com a média dos últimos três anos, o avanço foi de 19,90%. Para o consultor Brent Judisch, a safra de soja em Minnesota apresenta boa saúde, mas a contagem foi afetada pelo excesso de chuvas. Em Iowa, a contagem de vagens de soja, incluindo os resultados da parte oeste já divulgados, foi de 1.384,38 por jarda quadrada, 5,49% maior que a de um ano atrás e 12,94% superior à média dos últimos três anos.