15/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (12/09), após o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os preços subiram apesar de a agência ter elevado sua estimativa para a produção no país, enquanto o mercado esperava uma redução. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 12,75 cents (1,23%), e fechou a US$ 10,46 por bushel. O USDA estimou a safra de soja em 117,05 milhões de toneladas, ante 116,82 milhões de toneladas projetadas no mês anterior. Analistas esperavam um número menor 116,30 milhões de toneladas.
O rendimento passou de 3,61 para 3,60 toneladas por hectare. A leve queda do rendimento foi compensada por uma maior previsão de área colhida. Quanto aos estoques nos Estados Unidos, o USDA elevou sua projeção para reservas ao fim da temporada 2025/2026 de 7,89 milhões de toneladas para 8,17 milhões de toneladas. O mercado esperava um aumento menor (7,97 milhões de toneladas). A projeção para estoques globais de soja ao fim de 2025/2026 foi reduzida, de 124,9 milhões de toneladas para 123,99 milhões de toneladas.
O recuo do dólar ante o Real e o fortalecimento do petróleo deram suporte às cotações. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu cerca de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Além disso, o USDA informou que exportadores relataram venda de 22 mil toneladas de óleo de soja para a Coreia do Sul, com entrega em 2025/2026.