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26/Sep/2025

Futuros sobem com volta de retenciones na Argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quinta-feira (25/09), após a Argentina ter restabelecido o imposto de exportação (retenciones) sobre grãos e derivados, que tinha sido suspenso no começo da semana. A medida ficaria em vigor até 31 de outubro ou até que fossem registradas exportações equivalentes a US$ 7 bilhões. De acordo com o governo, a meta de exportações já foi alcançada. Com isso, o imposto volta a 26% para a soja e a 24,5% para o farelo e o óleo de soja. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 3,25 cents (0,32%), e fechou a US$ 10,12 por bushel. A Associação Americana da Soja (ASA) criticou o governo dos Estados Unidos por apoiar a Argentina enquanto o país ampliava suas vendas da oleaginosa e seus subprodutos para a China.

O preço da soja norte-americana está em queda, a colheita já começou, e os agricultores veem manchetes sobre apoio econômico bilionário à Argentina, enquanto os agricultores norte-americanos perdem espaço no maior mercado importador de soja do mundo. Durante a vigência da alíquota zero para as retenciones, a China comprou 20 carregamentos de soja argentina, ou cerca de 1,3 milhão de toneladas, segundo a John Stewart & Associates. Mesmo com a volta do imposto na Argentina, não há sinais de que a China vá retomar as compras de soja norte-americana em breve, o que limitou os ganhos. De acordo com a agência estatal de notícias Xinhua, o Ministério do Comércio da Chia afirmou que os Estados Unidos precisariam remover "tarifas irracionais" para que o país asiático retomasse a compra de soja norte-americana.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país venderam 724,5 mil toneladas de soja da safra 2025/2026, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 18 de setembro. O volume ficou dentro das estimativas de analistas. A China, novamente, não apareceu entre os principais compradores. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, foi outro fator de pressão para as cotações. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 7,15 milhões de toneladas de soja em setembro. O volume é inferior aos 8,12 milhões de toneladas de agosto deste ano, mas bem maior do que os 5,161 milhões de toneladas de setembro do ano passado.