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31/Oct/2025

Futuros sobem com previsão de compras chinesas

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (30/10), com a expectativa de que a China volte a comprar grandes volumes do grão norte-americano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu em rede social que "teve uma ótima reunião com o Presidente Xi Jinping, da China", mencionando que o país asiático concordou em comprar "quantidades enormes de soja, sorgo e outros produtos agrícolas". O vencimento novembro da oleaginosa subiu 11,00 cents (1,02%), e fechou a US$ 10,91 por bushel.

A secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Brooke Rollins, afirmou que a China se comprometeu a comprar pelo menos 12 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos até janeiro e pelo menos 25 milhões de toneladas por ano nos próximos três anos, e remover tarifas sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos como soja, algodão, sorgo, milho, trigo, frango, lácteos, carne suína e bovina e frutas e vegetais. A StoneX calculava que o gigante asiático deveria anunciar a compra de 10 milhões de toneladas do grão dos Estados Unidos, após meses sem aquisições.

Tal quantidade seria suficiente para cobrir a demanda até a chegada da nova safra brasileira ao mercado, em fevereiro de 2026, e não deve alterar significativamente o equilíbrio global de oferta. Outros analistas advertiram, porém, que traders parecem estar excessivamente otimistas. O mercado precificou muito otimismo antes da reunião entre Trump e Xi, mas vale lembrar que a China já está bem coberta após ter comprado soja argentina, e os estoques globais ainda devem ser recordes. Para a AgResource, a China teria de cancelar parte das compras recentes de soja da Argentina para importar 12 milhões de toneladas dos Estados Unidos.

De acordo com fontes, a estatal chinesa Cofco comprou nesta semana três carregamentos de soja dos Estados Unidos, ou cerca de 180 mil toneladas, para embarque entre dezembro e janeiro, o que foi visto como um gesto de boa vontade antes do encontro entre Trump e Xi ocorrido nesta quinta-feira (30/10). Já a China se pronunciou de forma menos efusiva. O Ministério do Comércio chinês disse em comunicado que vai ajustar as medidas adotadas em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos. O governo chinês acrescentou ainda que suspenderá por um ano as medidas de controle de exportações implementadas em 9 de outubro, que incluíam restrições a terras raras.