25/Nov/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (24/11), apesar da retomada das compras chinesas do grão dos Estados Unidos. O vencimento janeiro da oleaginosa perdeu 1,75 cent (0,16%), e fechou a US$ 11,23 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 123 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2025/2026. Até agora, as vendas avulsas de soja para o país asiático somam 1,939 milhão de toneladas, volume ainda distante dos 12 milhões de toneladas prometidos até o fim do ano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que teve "uma ligação telefônica muito boa" com o presidente da China, Xi Jinping e que trataram de temas como a guerra entre Rússia e Ucrânia, fentanil, soja e outros produtos agrícolas.
O presidente norte-americano afirmou que os dois países firmaram um acordo "bom", importante para agricultores dos Estados Unidos e que "só vai melhorar", destacando que a relação bilateral está "extremamente forte". A agência chinesa Xinhua foi mais comedida, destacando uma "melhora" nas relações bilaterais. Segundo a AgResource, a soja segue pressionada pela combinação de preços mais competitivos no Brasil e ritmo de compras da China abaixo do esperado para novembro. O país deve encerrar esta rodada de compras em torno de 3 milhões de toneladas. Os chineses simplesmente não precisam da soja no curto prazo e não têm onde armazená-la. Dados de inspeção de embarques dos Estados Unidos também pesaram sobre os contratos.
O USDA informou que 799.042 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 20 de novembro, queda de 33,7% ante a semana anterior. O volume é um dos menores para a semana em 20 anos. A China, por enquanto, ainda não aparece entre os destinos. No Brasil, o plantio da safra de soja 2025/2026 atingiu 81% da área estimada no dia 20 de novembro, em comparação com 71% uma semana antes e 86% um ano atrás, de acordo com levantamento da AgRural. O principal foco de preocupação continua em Mato Grosso e Goiás, em virtude dos efeitos da irregularidade das chuvas: atraso no plantio, abortamento de flores e vagens e janela mais apertada para a 2ª safra de milho de 2026.