25/Nov/2025

No mercado interno de soja, os preços registraram baixa entre R$ 0,50 e R$ 2,50 por saca de 60 Kg nesta segunda-feira (24/11). O dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e fechou esta segunda-feira (24/11) em leve baixa de 0,13%, a R$ 5,39, em meio ao aumento das apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortará juros em dezembro. A perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos fez o dólar ceder no Brasil, mas a oscilação foi limitada, sem que houvesse gatilhos para movimentos mais fortes. O dólar recuou em um ambiente mais construtivo para moedas emergentes. Internamente, destaque para a fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que afirmou que o Banco Central ainda está insatisfeito com o nível da inflação. A Selic está atualmente em 15% ao ano, enquanto nos Estados Unidos a taxa de referência está na faixa de 3,75% a 4,00%. Este diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos tem sido apontado como um fator de atração de recursos para o País, o que vem mantendo o dólar em níveis mais baixos.

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (24/11), apesar da retomada das compras chinesas do grão dos Estados Unidos. O vencimento janeiro da oleaginosa perdeu 1,75 cent (0,16%), e fechou a US$ 11,23 por bushel. Até agora, as vendas avulsas de soja para o país asiático somam 1,939 milhão de toneladas, volume ainda distante dos 12 milhões de toneladas prometidos até o fim do ano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que teve "uma ligação telefônica muito boa" com o presidente da China, Xi Jinping e que trataram de temas como a guerra entre Rússia e Ucrânia, fentanil, soja e outros produtos agrícolas. A soja segue pressionada pela combinação de preços mais competitivos no Brasil e ritmo de compras da China abaixo do esperado para novembro. O país deve encerrar esta rodada de compras em torno de 3 milhões de toneladas. Os chineses simplesmente não precisam da soja no curto prazo e não têm onde armazená-la. Dados de inspeção de embarques dos Estados Unidos também pesaram sobre os contratos. No Brasil, o plantio da safra de soja 2025/2026 atingiu 81% da área estimada no dia 20 de novembro, em comparação com 71% uma semana antes e 86% um ano atrás. O principal foco de preocupação continua em Mato Grosso e Goiás, em virtude dos efeitos da irregularidade das chuvas: atraso no plantio, abortamento de flores e vagens e janela mais apertada para a 2ª safra de milho de 2026.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, tradings indicam entre R$ 142,00 e R$ 143,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega imediata e pagamento em 15 de dezembro. As fábricas indicam R$ 135,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 28 de novembro. Com relação à comercialização da soja 2025/2026, as indústrias indicam R$ 133,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em abril e pagamento em maio. No Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 138,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em junho e pagamento em julho. Em Mato Grosso, na região de Sorriso, há registro de negócios para exportação a R$ 125,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em dezembro. As indústrias esmagadoras, por sua vez, indicam R$ 121,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em janeiro. Para soja 2025/2026, esmagadoras indicam R$ 114,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em 10 de janeiro e pagamento em 30 dias.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.