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16/Dec/2025

Preços da soja em baixa acompanhando Chicago

No mercado interno de soja, os preços registraram baixa entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por saca de 60 Kg nesta segunda-feira (15/12). O dólar fechou esta segunda-feira (15/12) próximo da estabilidade ante o Real, com o tradicional fluxo de saída de recursos do País no fim de ano. A recuperação do dólar no Brasil esteve na contramão do exterior. O dólar fechou com leve alta de 0,16%, a R$ 5,42. O Banco Central informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) cedeu 0,2% em outubro ante setembro, na série com ajustes sazonais. O resultado do indicador foi pior que a projeção de economistas.

O IBC-Br é mais um dos indicadores recentes que corroboram a percepção de que a economia brasileira está em desaceleração, um fator que vem sendo destacado por agentes que projetam corte da taxa básica Selic já na reunião de janeiro do Banco Central. Atualmente, a Selic está em 15% ao ano, enquanto nos Estados Unidos a taxa de referência do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está na faixa de 3,50% a 3,75%. Este diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos vem sendo apontado como um dos fatores para atração de investimentos ao País, segurando as cotações do dólar em patamares mais baixos. No exterior, um dos destaques era a queda firme do dólar ante o iene, com os agentes precificando uma elevação iminente de juros no Japão.

Os futuros de soja fecharam em baixa nesta segunda-feira (15/12) na Bolsa de Chicago, pressionados pela queda nas inspeções de exportação e pela indefinição sobre a política norte-americana de biocombustíveis para 2026. O vencimento março recuou 5,50 cents (0,51%), e fechou a US$ 10,81 por bushel. A indefinição sobre a política de mistura obrigatória de biocombustíveis para 2026 também pesou sobre o mercado. O anúncio dificilmente ocorrerá ainda neste ano, frustrando a expectativa do mercado. A falta de definição levou investidores a reduzirem posições, especialmente nos contratos ligados ao complexo da soja.

Mesmo com a China ativa nas compras, os preços não se sustentam devido à expectativa de uma "parede de soja" vinda do Brasil. O principal obstáculo segue sendo a iminente colheita de mais uma safra recorde brasileira, sem ameaças climáticas relevantes na América do Sul. Exportadores privados reportaram vendas de 136 mil toneladas de soja para a China, com entrega durante o ano comercial 2025/2026, mas o anúncio não foi suficiente para reverter o sentimento negativo. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (NOPA) divulgou que a indústria norte-americana processou 5,88 milhões de toneladas de soja em novembro, queda de 5,1% ante o recorde histórico de outubro.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, tradings indicam R$ 135,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega imediata e pagamento em janeiro. Quanto às vendas da safra 2025/2026, tradings indicam R$ 135,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em junho e pagamento em julho. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, há registro de negócios pontuais no disponível com tradings que precisam completar navios a R$ 130,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em janeiro. Tradings indicam entre R$ 127,00 e R$ 128,00 por saca de 60 Kg FOB, nas mesmas condições. Para safra 2025/2026, tradings indicam R$ 115,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em agosto e pagamento em setembro.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.