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23/Abr/2019

Tendência de retração de compras com nova safra

O mercado de trigo está favorável ao comprador. No Brasil e na Argentina, a disponibilidade do cereal tende a ser maior no segundo semestre, visto que a expetativa inicial é de aumento da área cultivada nos dois países. Nos Estados Unidos, o clima tem favorecido as lavouras de inverno, mesmo com o semeio da safra de primavera atrasado na comparação com a média dos últimos cinco anos. Por enquanto, a oferta doméstica ainda é baixa, o que eleva a necessidade de importações. Do lado comprador, os moinhos também estão retraídos do mercado, alegando que os valores atuais do cereal atingiram um patamar limite. Além disso, muitos desses demandantes estão atentos à possível maior disponibilidade no segundo semestre.

No acumulado parcial de abril, os preços registram recuo de 0,4% no mercado de balcão (valor pago ao produtor), no Paraná e 0,2% em Santa Catarina, mas alta de 0,3% no Rio Grande do Sul. No mercado de lotes (negociação entre empresas), as cotações apresentam queda de 1,2% no Paraná, 1,1% em São Paulo e 0,1% em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, por outro lado, há valorização de 1,5%. Especificamente nos últimos sete dias, no mercado de balcão, os preços acumulam baixa de 0,6% no Paraná e 0,1% no Rio Grande do Sul. No mercado de lotes, os valores registram avanço de 1,3% em Santa Catarina e de 9% no Rio Grande do Sul. No Paraná, há leve desvalorização de 0,1%. Na Argentina, moinhos estão ativos no mercado físico nos últimos sete dias.

Os importadores indicam US$ 196,91 por tonelada, para entrega e pagamento em maio/2019 e US$ 196,85 por tonelada, para julho/2019, no Porto de Buenos Aires. Segundo o Ministério da Agroindústria, os valores FOB no Porto de Buenos Aires registram queda de 0,5% nos últimos sete dias, a US$ 220,00 por tonelada. Nos Estados Unidos, nos últimos sete dias, o contrato de vencimento Maio/2019 do Soft Red Winter registra recuo de 4,4%, a US$ 4,44 por bushel (US$ 163,23 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, para o contrato de mesmo vencimento, o trigo Hard Winter apresenta avanço de 3,3%, a US$ 4,20 por bushel (US$ 154,32 por tonelada).

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontou que, até o dia 14 de abril, 12% das lavouras de trigo do país apresentavam condições excelentes, 79%, boas, 7%, ruins e 2%, muito ruins. Quanto ao semeio de primavera, atingiu apenas 2% da área total destinada, contra 3% há um ano e 13% na média de 2014 a 2018. No Brasil, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), o semeio do trigo no Paraná se estendeu por apenas 2% da área total destinada. Segundo a Emater-RS, apesar de o semeio ainda não ter se iniciado no Rio Grande do Sul, os produtores sinalizam incremento na área, com destaque para o município de Cruz Alta, onde o aumento no cultivo do cereal pode alcançar 25% em relação ao ano passado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.