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06/Mai/2019

Divergência sobre preços limita negócios com trigo

O mercado interno do trigo gira pouco volume. A negociação esteve fraca nos últimos dias, com dificuldade de acordo em relação a preço. Os moinhos têm, em geral, estoque farto e pressionam produtores a reduzir suas indicações. Estes, por sua vez, seguram lotes de melhor qualidade na expectativa de que até a colheita da safra nova haverá demanda e preços melhores. No Paraná, os moinhos indicam R$ 900,00 por tonelada, para retirada imediata nos Campos Gerais e pagamento em 30 dias, valor estável ante a semana anterior. Para comercialização antecipada da safra 2019, que deve ser plantada a partir de 20 de maio na região dos Campos Gerais, não há indicações de compra ou venda.

O mercado ainda sofre pressão do recuo do preço do cereal argentino, que força os produtores locais a ajustarem o valor indicado para competir com o trigo importado. O cereal nacional ainda é considerado muito caro. A precificação está supervalorizada, em virtude dos reflexos climáticos que afetaram a produtividade da safra. No Paraná, o trigo é negociado a R$ 100,00 por tonelada acima do cereal da Argentina e do Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul, os contratos com trigo são pontuais. Na região da Serra Gaúcha, há registro de negócios a R$ 820,00 por tonelada para cereal tipo pão FOB, para pagamento para 30 dias. Trata-se somente de reposição de estoque.

O mercado está travado tanto no spot como nas transações futuras. A maior parte da indústria moageira está com reservas cheias até meados de maio. As indicações estão entre R$ 850,00 e R$ 860,00 por tonelada, mas poucos vendedores aceitam esses valores. Outro fator responsável pela desaceleração na comercialização doméstica é o baixo consumo de farinha e derivados. Os moinhos não realizam novas compras porque não há demanda. O poder de compra dos brasileiros está estagnado, o que leva à redução do consumo desses produtos de maior valor agregado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.