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16/Dez/2019

Preços do trigo cedem com recuo do dólar no Brasil

Os preços do trigo no Brasil cederam com as quedas recentes do dólar ante o Real e a redução na procura pelo cereal em virtude da interrupção de atividades de moinhos na virada do ano. A chegada de produto importado, referente a contratos fechados anteriormente, também contribuiu para o recuo das cotações. Para as próximas semanas, a restrição de oferta de frete deve tornar ainda mais lenta a comercialização. No Paraná, na região dos Campos Gerais, a indicação de compra é de R$ 900,00 por tonelada, para retirada em janeiro e pagamento no fim de janeiro e começo de fevereiro. Na semana anterior, houve negociação entre R$ 920,00 e R$ 930,00 por tonelada, para os mesmos prazos.

Para entrega em Ponta Grossa, a indicação de compra registra recuo de R$ 930,00 por tonelada para R$ 910,00 por tonelada nos últimos sete dias. Os vendedores estão retraídos. O recuo do dólar e as paradas de moinhos para manutenção, além do recebimento recente de volumes importados, pressionam os preços. Há cerca de três semanas, o preço havia chegado a R$ 950,00 por tonelada CIF em Ponta Grossa e alguns produtores aproveitaram esse valor para negociar estoques. A restrição de frete no fim do ano deve tornar a negociação mais lenta nesta semana. Os moinhos devem voltar a comprar em janeiro ou, em alguns casos, podem esticar estoques até fevereiro.

No Rio Grande do Sul, a indicação de compra está entre R$ 750,00 e R$ 760,00 por tonelada no spot no interior do Estado. O mercado segue comprador para ofertas de oportunidade. Segundo a Emater-RS, os preços aos produtores na região de Caxias do Sul se mantêm estáveis entre R$ 40,00 e R$ 42,00 por saca de 60 Kg. Na região de Passo Fundo, a cotação permanece em R$ 40,00 por saca de 60 Kg. Para o produto disponível, a cotação na região de Cruz Alta é de R$ 44,00 por saca de 60 Kg. Segundo dados do sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro (Agrostat), as importações de trigo do Brasil em novembro totalizaram 446,05 mil toneladas, com receita de US$ 95,38 milhões. A principal origem foi a Argentina, com 268 mil toneladas ou US$ 58,62 milhões, seguida por Estados Unidos, com 94,83 mil toneladas ou US$ 19,12 milhões. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.