17/Mar/2022
A Rússia anunciou na segunda-feira (14/03) que suspenderá as exportações de trigo, cevada, milho e centeio até o fim do ano-safra, em 30 de junho. A medida, porém, afetará apenas os países da União Econômica da Eurásia (UEE), cujos membros incluem, além da Rússia, suas ex-repúblicas soviéticas vizinhas. A Rússia já havia anunciado na semana passada que não entregaria mais grãos para esses países até o fim de agosto, em uma tentativa de reforçar sua própria segurança alimentar. Até o momento, nenhuma restrição de exportação, como cotas ou impostos, foi aplicada a esses países.
No entanto, as licenças especiais ainda serão concedidas no âmbito das cotas de exportação existentes. No atual ano-safra, as exportações russas de trigo caíram 45% em relação ao ano passado. Isso se deve a uma safra menor, impostos de exportação e uma cota de exportação que está em vigor desde meados de fevereiro e permite exportar no máximo 8 milhões de toneladas de trigo até o fim de junho. A Rússia ainda poderá exportar de 6 milhões a 6,5 milhões de toneladas de trigo até o fim de junho.
Mas, é questionável esse volume, porque quase nenhum navio está navegando para os portos russos do Mar Negro por causa das sanções e apenas uma pequena parte dos embarques de trigo deve ser enviada por via férrea. As entregas da Ucrânia também cessaram em grande parte por enquanto, já que seus terminais de exportação foram fechados desde o início da guerra. Espera-se que a demanda por trigo da União Europeia e dos Estados Unidos cresça visivelmente, o que deve dar continuidade à alta de preços globais do trigo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.