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02/Dec/2024

Preços estáveis com a baixa liquidez no mercado

A comercialização de trigo no mercado interno continua pontual nas principais regiões produtoras do País. Os preços indicados pelos moinhos não atraem os produtores. O baixo nível de moagem com demanda desaquecida por farinhas desestimula o fechamento de novos contratos. Com a baixa liquidez, os preços locais se mantêm praticamente estáveis. No Rio Grande do Sul, a colheita da safra está na reta final, com expectativa de produção de 3,8 milhões de toneladas a 3,9 milhões de toneladas. No spot, a movimentação é pontual. Os moinhos estão cautelosos, alegando moagem baixa e preços pouco remuneradores da farinha. Os valores indicados pela indústria não atraem os vendedores. Os moinhos indicam entre R$ 1.250,00 e R$ 1.280,00 por tonelada CIF porto, para entrega em janeiro, o equivalente a entre R$ 1.150,00 e R$ 1.180,00 por tonelada FOB interior.

Os vendedores não firmam negócios neste patamar. Os produtores que estão negociando fecham contratos para entrega em porto, ou pela proximidade ou porque aproveitam a logística de retorno com trem. Para exportação, há registro de negócios entre R$ 1.300,00 e R$ 1.310,00 por tonelada CIF Porto de Rio Grande, para entrega em janeiro e R$ 1.340,00 por tonelada, para pagamento no início de fevereiro. Aproximadamente 750 mil toneladas já foram negociadas para entrega no porto. Isso porque 20% ou mais da safra não terá qualidade adequada para panificação e irá para ração, seja local ou exportação. No Paraná, o cenário é semelhante, com baixa liquidez, refletindo o ritmo lento das negociações no Estado. Apesar de ser um dos maiores produtores nacionais do cereal, o Paraná encontra concorrência de mercados externos, especialmente do trigo paraguaio, que segue como a opção mais competitiva para compradores locais.

Mesmo com dólar na casa dos R$ 6,00 ainda é vantajoso importar. O trigo paraguaio é comercializado a US$ 220,00 por tonelada. No Estado, os vendedores indicam até R$ 1.500,00 por tonelada CIF moinho, enquanto os compradores indicam entre R$ 1.400,00 e R$ 1.450,00 por tonelada. Essa diferença nas expectativas tem contribuído para a baixa liquidez, agravada pela demanda enfraquecida de farinhas no mercado interno. Os moinhos estão abastecidos e não têm pressa de comprar. O produtor também não faz muita questão de vender. O mercado permanece travado. Compradores e vendedores devem voltar para mesa de negociação a partir da segunda semana de janeiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.