20/Jan/2025
O ritmo de negócios com trigo no mercado interno segue em compasso de espera da safra de verão (1ª safra 2024/2025), em fase de colheita, o que concentra a atenção dos produtores. Os vendedores estão pouco ativos na comercialização, voltados ao desenvolvimento das lavouras e na expectativa de aumento das cotações do trigo em virtude da paridade de importação. Os moinhos esperam que a necessidade de esvaziar armazéns para entrada da soja e milho safra de verão (1ª safra 2024/2025) leve os produtores a se desfazerem do cereal a preços abaixo dos praticados hoje no mercado. Com a baixa liquidez, os preços permanecem praticamente inalterados nas principais regiões produtoras.
No Paraná, as negociações continuam limitadas pela diferença entre as expectativas de vendedores e compradores. Na região de Ponta Grossa, os compradores indicam R$ 1.450,00 por tonelada FOB, para retirada imediata, valor aceito principalmente por vendedores que necessitam liberar espaço para as safras de verão. Os moinhos já programaram compras até abril ou maio, reduzindo a pressão por aquisições. Os produtores sem urgência mantêm as indicações em R$ 1.500,00 por tonelada e preferem aguardar o período de colheita de milho e soja, quando a redução nas ofertas pode impulsionar as cotações.
O mercado de trigo importado segue um padrão semelhante ao nacional, com movimentação limitada a volumes negociados anteriormente. No caso do trigo argentino, o fluxo nos portos é regular, mas enfrenta desafios logísticos que elevam os custos. No Porto de Paranaguá, por exemplo, um navio atracado desde o início do mês acumula despesas diárias de demurrage entre US$ 12 mil e US$ 15 mil, encarecendo as operações. Os preços das importações oscilam entre US$ 280,00 e US$ 290,00 por tonelada CIF, mas a viabilidade financeira é comprometida pelos custos adicionais. No mercado interno, o trigo branqueador está cotado a R$ 1.650,00 por tonelada CIF no Paraná, mas a demanda pelos compradores é baixa.
Recentemente, negociações foram fechadas a R$ 1.700,00 por tonelada FOB, para pagamento diferido, mostrando que o mercado segue seletivo. A perspectiva é de que as negociações ganhem ritmo com o avanço da colheita de grãos da safra de verão (1ª safra 2024/2025), quando a necessidade de espaço nos armazéns deve reduzir a oferta de trigo. A diminuição nas ofertas pode gerar pressão altista nos preços. No Rio Grande do Sul, o mercado continua lento, com produtores esperando maior definição da safra de verão (1ª safra 2024/2025). Os moinhos indicam R$ 1.300,00 por tonelada FOB Serra Gaúcha, sem reporte de vendas. A indústria está abastecida até fevereiro. Até lá, se manterá afastada do mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.