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29/Sep/2025

Brasil: potencial para crescer na safra de inverno

Segundo o Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), a queda da área plantada com trigo e a expansão das lavouras de cevada, canola e aveia no Paraná e no Rio Grande do Sul, que pode reduzir a oferta nos dois maiores produtores do cereal, pode elevar a demanda pelo trigo paulista. A instalação de usinas de etanol de trigo e o avanço de outras culturas de inverno que concorrem com o trigo podem, a longo prazo, estimular a expansão do cultivo do cereal em São Paulo. O trigo do Estado possui características sanitárias muito boas, o que significa uma excelente liquidação industrial.

Além disso, São Paulo é o maior mercado consumidor de trigo no País, com parcela importante da indústria moageira instalada no Estado. A liquidez do trigo para o produtor poderá ser cada vez maior. A CJ International Brazil, no entanto, relativizou esse potencial. Ainda não há uma competição "significativa" de área plantada com trigo e com outras culturas de inverno. Pelo contrário, no caso específico do Rio Grande do Sul, sobra área. A quantidade de área disponível de trigo no Rio Grande do Sul é grande. São 50 milhões de hectares. Por incrível que pareça, o agricultor da Região Sul ainda não descobriu a cultura de inverno. Em termos de cinturão, as culturas podem até convergir, mas ainda sobram áreas livres.

A redução da área de trigo é cíclica e está diretamente relacionada ao fator econômico. O produtor saiu ‘machucado’ da última safra, sem capitalização. Com juros altos, é natural que evitem fazer dívidas em uma commodity que tem mais risco climático. Falta um pouco mais de conhecimento e estratégia para cultivar safras de inverno. O Brasil é um ‘gigante adormecido’, ainda sabe pouco sobre como fazer uma safra de inverno grande. É expert em safras de verão, mas não de inverno. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.