15/Dec/2025
A comercialização interna de trigo diminui à medida que se aproxima o período de festas. Boa parte dos moinhos já está fora do mercado, com estoques para processamento no início de 2026, e mesmo produtores não mostram interesse significativo de venda. A indústria segue recebendo trigo argentino e a qualidade desse produto vem sendo monitorada. Há comentários de que o teor de proteína está abaixo do padrão esperado, entre 11,5% e 12%. Em atualização sobre a safra de trigo 2025/2026, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires afirmou que o trigo colhido está com 11,1% de proteína, o menor percentual da série histórica, desde a safra 2015/2016. Está difícil vender trigo argentino por conta da redução do percentual de proteína.
Esse cereal chega ao Brasil com qualidade e preços menores. Quem precisa, compra. Mas, em termos de qualidade, perde-se muito. No Paraná, na região de Curitiba, o trigo importado da Argentina é comercializado a R$ 1.421,00 por tonelada CIF, com 11,5% de proteína, ou a R$ 1.379,00 por tonelada CIF, com 10% de proteína. Moinhos indicam entre R$ 1.170,00 e R$ 1.250,00 por tonelada CIF, para entrega em dezembro e pagamento em janeiro. Os vendedores, por sua vez, indicam R$ 1.200,00 por tonelada FOB, com retirada na propriedade. A demanda pelo cereal está fraca. No Rio Grande do Sul, na região de Vacaria, a comercialização é pontual. Deve voltar a ter um volume maior de vendas apenas em fevereiro/2026.
Os moinhos indicam R$ 1.150,00 por tonelada CIF, para entrega imediata e pagamento em janeiro, enquanto vendedores indicam R$ 1.200,00 por toneladas. Trigo importado da Argentina chega a R$ 1.190,00 por tonelada CIF Porto de Rio Grande, para entrega imediata e pagamento em janeiro. A preocupação dos produtores da região é com as chuvas que têm atingido algumas áreas do Rio Grande do Sul. A safra está praticamente concluída, mas as chuvas precisam parar nesta semana para encerrar a colheita no Estado. Dados divulgados pela Emater-RS ontem indicam que a colheita do trigo 2025 no Rio Grande do Sul está em fase final, restando 1% da área a colher. A produção deve alcançar 3.437.785 toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.